Para os mais desatentos ou que simplesmente não querem saber, em meados dos anos 90, se a minha memória (mais tenra na época) não me falha, por volta desta altura começou a se falar, pelo menos de forma mais mediática, de criação de empresas públicas, intermunicipais, etc.
Esta foi a fórmula, ou melhor, o nome encontrado de iludir a sociedade para, conseguirem atingir os objectivos “nobres”, tantas e tantas vezes deitados ao vento nas empresas que destruíram no pós 25 do 4! Sim, porque as tão almejadas cooperativas, não eram mais que ocupações e apropriações dos bens de outros. Tal como foi feito com uma simples ferramenta na Torre Bela (para quem tiver dúvidas, pesquisem o vídeo)!
A empresa que hoje nos fornece a água no nosso concelho, e não só, foi criada nesta base, pois afirmaram na altura que a junção dos vários serviços, das várias autarquias, iria permitir um melhor abastecimento e uma redução de custo, bem como uma maior capacidade de acesso a investimentos Europeus e próprios.
Passados alguns anos, começamos a pagar essa factura, pois todos os investimentos, mais cedo ou mais tarde, de uma forma ou de outra terão de ser pagos.
Como? Simplesmente não fazendo as contagens, deixando acumular valores e assim mudar os escalações. Associar a isto os custos de terceiros, é a “cereja no topo do bolo”!
Não se deixem enganar com os anúncios de obras, melhoramentos avultados, de forma consecutiva, pois os empréstimos bancários estão, constantemente a ser renegociados e aumentados!
Como Almeirinense, que muito me orgulho de ser, apenas quero usar um ditado popular que tudo diz, “Se não pagas em chibo, pagas em bode!”
João Vinagre
CDS Almeirim
Artigo de opinião publicado na edição impressa de 1 de outubro