Decorreu esta sexta-feira, dia 28 de maio, uma reunião no Infarmed onde foi avaliada a situação epidemiológica da pandemia da Covid-19 em Portugal onde foram apresentadas propostas de novos níveis de desconfinamento.
Os especialistas propuseram que o plano de desconfinamento assenta em três novos níveis de desconfinamento: A,B e C, que apresentam diferentes medidas previstas para cada um dos setores de atividade. O nível A, são aplicadas as medidas gerais; o nível B apresenta que passa-se para oito pessoas no interior para 20 no exterior e caso passe para nível C, pode haver um máximo de seis pessoas juntas no interior, enquanto no exterior alarga-se o número para 15 pessoas juntas.
Na reunião, Raquel Duarte da ARS Norte e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, apresentou uma proposta para reduzir as medidas restritivas em Portugal da Covid-19 e frisou medidas como a promoção da abertura frequente de janelas e portas, a atividade ao ar livre caso seja possível, o cumprimento da distância física com uma identificação das pessoas por metro quadrado, a testagem alargada, a utilização obrigatória de máscara de acordo com as indicações e o desfasamento dos horários, a higienização individual e as “bolhas”.
Segundo apresentado na reunião, já foram administradas 5.2 milhões de vacinas em Portugal e a população na faixa dos 30 anos pode estar vacinada até ao final do mês de agosto. De acordo com Henrique Gouveia e Melo, coordenador da Task Force, admitiu que vão chegar 1.5 milhões de vacinas a Portugal no segundo trimestre de 2021, mas que só poderão ser usadas no terceiro trimestre do ano.
Na última semana, Portugal tem registado um aumento de casos de Covid-19, onde a maioria dos casos são de jovens adultos entre os 20 e os 29 anos, mas também os adultos na faixa etária entre os 30 e os 40 anos. Apesar do aumento de casos, Portugal é um dos países da Europa que apresenta uma maior mobilidade em locais de retalho e lazer.
Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região do país que apresenta maior crescimento de casos em Portugal onde deve-se “à grande densidade e movimentos pendulares intensos”. Apesar de apresentar uma taxa de incidência de 120 por 100 mil habitantes, regista um R(t) de 1.14.
Na reunião com o Infarmed, também foi apresentado que os casos de variante indiana continuam a aumentar pelo país, representando 4.6%. No entanto, o número de casos das variantes britânica e brasileira desceram, passando para 87,2% e 3%, respetivamente.