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Orçamento

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Portugal tem um grave problema de convergência com a União Europeia. Muitos dos antigos países da Europa de Leste cresceram muito nos últimos anos e são países mais ricos e desenvolvidos que nós, apenas 30 anos após a queda do muro de Berlim.

Havendo este desafio da convergência, há́ que saber escolher os investimentos públicos de forma criteriosa com cuidadas análises custo-benefício para os diversos projetos para que não se volte a gastar dinheiro em obras publicas que não servem a ninguém e que, como tal, não diminuem a distância entre o nosso País e a União Europeia. Urge investir na malha produtiva, ou seja, nas empresas que são quem cria empregos e riqueza no País.

“Claramente se vê que não há medidas relevantes para as empresas e os empresários”

Infelizmente, apesar desta necessidade, a proposta de Orçamento do Estado para 2022 contempla como medidas principais a criação de mais dois escalões de IRS, o englobamento das mais-valias para investimentos a menos de um ano e o aumento das pensões e dos salários na função pública.

Claramente se vê que não há́ medidas relevantes para as empresas e os empresários.

Sabendo que estamos numa situação de clara transformação empresarial devido aos graves problemas climáticos com o consequente agravamento de alguns custos de produção, fará sentido que se ignore esta situação?

Um problema recorrente é a burocracia em algumas áreas do Estado que trazem custos e incertezas significativas.

Sem falar numas das cargas fiscais mais elevadas da União Europeia.

Se tal proposta for aprovada, perder-se-á́ mais um ano. Lamentável.

João Lopes
PSD Almeirim

Artigo de opinião publicado na edição impressa de 15 de outubro de 2021