Reunião em Almeirim: Organizações de Produtores de Tomate para Indústria preensivas com escalada de preços

Organizações de Produtores de Tomate para Indústria portuguesas estiveram reunidas na passada terça-feira, dia 30 de novembro, em Almeirim, para debaterem a sustentabilidade financeira do sector face à atual conjuntura de inflação generalizada dos custos de produção com destaque para fertilizantes e energia.

Reuniram-se em Almeirim, no passado dia 30 de novembro, doze Organizações de Produtores (OP), associadas da FNOP, que representam 96% das OP de tomate para indústria do país e 83% da totalidade da produção contratada em 2021.

No decorrer da reunião foram analisados e discutidos, de forma exaustiva, pelos administradores e técnicos destas Organizações, os custos inerentes à produção desta cultura. Revelou-se como uma grande preocupação, a sustentabilidade futura da fileira do tomate para indústria, tendo em conta os incrementos que se verificam atualmente com a subida significativa do custo de todos os fatores de produção, tendo sido apurado, a preços atuais, um aumento para 2022 entre os 1.200€ e os 1.500€ por hectare, face ao ano de 2021.

De reforçar, que além do aumento destes custos, temos também a ameaça de escassez e esgotamento de stocks de alguns destes fatores de produção, principalmente fertilizantes, aumentando ainda mais a pressão sobre os preços devido a esta possibilidade, e tornando mais difícil colocar em prática diversas operações culturais com um nível de exigência técnica já tão elevado.

Não havendo previsão de descida dos preços dos referidos fatores, a curto prazo, apenas uma subida do valor a pagar pela Indústria poderá evitar uma diminuição acentuada na área de tomate, bem como um abandono ou redução da cultura em diversas explorações agrícolas. De referir ainda que, a juntar à diminuição de rentabilidade que se prevê para a cultura do tomate de indústria, o aumento recente de preços nas culturas cerealíferas, bem como os bons resultados obtidos com a instalação de diversas culturas permanentes nas parcelas, normalmente ocupadas com tomate, fazem com que haja cada vez mais alternativas de produção, contribuindo também para o abandono anteriormente referido.

Com https://www.agroportal.pt