O Estado Português tem uma dívida pública que representa aproximadamente 120% do PIB, ou seja, se se quisesse pagar a dívida pública teríamos todos de trabalhar cerca de um ano e três meses e entregar todos os nossos rendimentos gerados nesse período de tempo para poder pagar a mesma.
Este nível é encarado como excessivo pelos economistas sendo 60% o máximo aceitável. Este monstro, sinal de erros de políticas do passado, tem efeitos no presente e certamente terá no futuro pois como sabemos as dívidas vencem juros, que têm de ser pagos.
Durante os primeiros anos dos Governos PS de António Costa viveram-se tempos que fazem lembrar a fábula da cigarra e da formiga onde estes, em vez de aproveitarem o crescimento económico para reduzir este pesado fardo preferiram gastar. Tal como a cigarra. Acontece que, como todos nos apercebemos, estamos num período de elevada inflação. E esta veio para ficar. Poderá ser menos elevada nos próximos anos mas será persistente. O combate à inflação implica o aumento das taxas de juro.
Ora se a dívida pública tem um volume monstruoso isso obriga o Governo a ter de poupar e fazer cortes para pagar o aumento dos juros. Cada aumento de 1% nos juros da dívida pública obriga a um aumento de receitas de 2.500 milhões de euros, o equivalente a um aumento da taxa de IVA de 3%, mantendo tudo o resto igual. Teria sido bem mais fácil ser a formiga, mas o PS não aprende.
Não posso deixar de mencionar a grande perda que é o falecimento do Professor Francisco Maurício. Era um excelente professor e uma excelente pessoa. Fui seu aluno e tive muitas e boas interações com ele.
João Lopes – PSD Almeirim