O SNS passa mais tempo a tentar ser remediado, que a ter uma intervenção de raiz, com planeamento e futuro. Se estamos no verão, o problema é as férias, se estamos no inverno, o problema é são as “doenças da época”, mas nunca é das opções dos responsáveis políticos que nos “des”governam.
Colocam, ano após ano, orçamento após orçamento de estado, verbas avultadas e aumentadas face a anos anteriores, mas que na realidade não pretendem a sua aplicação. É um constante envio de intenções para resolver, mas é ainda maior o recuo nas concretizações.
O SNS precisa urgentemente de ser revisto, desde o seu financiamento à organização de todos os sistemas. Não basta empurrar para as autarquias as responsabilidades, pois não é essa a função delas, mas serão elas que devem colaborar no terreno, com o conhecimento das populações e das suas necessidades.
Não basta anunciar, com poupa e circunstância, que todos irão ter médicos de família, quando depois não reconhecem os profissionais, não melhoram as condições e encerram especialidades por mero número de rácio.
A “jóia da coroa” socialista/comunista, o SNS, está neste estado de degradação de sistema, de infra-estruturas e de profissionais, por culpa desta ideologia utópica, em que tudo é possível e sem custos.
Mas depois chega factura, e para a pagar, o contribuinte é “reforçado” nos impostos, sejam em valor, sejam em quantidade.
Se o SNS pode ser chamado de modelo para a gestão da saúde pública, então deve ser tratado como tal, não deve ser gerido pelos amigos e curiosos a quem pagam favores, mas sim pelos profissionais que estiveram e estão no terreno.
São estes que, melhor que ninguém, sabem e conhecem os problemas, as dificuldades, as necessidades e as melhorias que podem, em última análise, otimizar, melhorar e elevar o SNS!
João Vinagre – CDS Almeirim