Gustavo do Canto: “Estar nos Jogos Olímpicos seria um grande sonho”

Gustavo do canto faz parte das esperanças olímpicas. O jovem triatleta fala a O Almeirinense sobre o sonho de estar nos jogos, a influência do irmão e a preparação contadas na primeira pessoa.

Como correu o Encontro Nacional de Esperanças Olímpicas?

Correu bem e foi, no geral, uma boa experiência onde não só tive a oportunidade de conhecer os melhores jovens de uma grande parte dos desportos olímpicos, como também ouvir o testemunho de alguns atletas olímpicos.

O que representa fazer parte do programa de Esperanças Olímpicas Los Angeles 2028?

O projeto das Esperanças Olímpicas tem como objetivo apoiar os atletas jovens que demonstram potencial para vir a representar Portugal nas próximas edições dos Jogos Olímpicos. Ser escolhido para este projeto é um voto de confiança por parte do país e fazer parte dele é algo que me deixa muito orgulhoso.

Estar neste programa já é muito importante?

É um reconhecimento motivador que mostra que estou, juntamente com quem me apoia, a levar o caminho certo na minha carreira desportiva. O que implica? Naturalmente que o título de “Esperança Olímpica” oferece uma responsabilidade acrescida, mas acho importante não deixar que isso me faça sentir uma pressão desnecessária.

O que representa para si e família estar nos Jogos Olímpicos?

Os Jogos Olímpicos são o maior palco e a competição mais importante para muitos desportos. O triatlo não é exceção. Estar nos Jogos Olímpicos seria um grande sonho realizado.

Ainda é muito novo, mas estar nos JO é um sonho de criança? Isto é um sonho de uma vida?

O sonho olímpico é algo que tenho desde que comecei a levar o triatlo de uma forma mais competitiva. No entanto, 5 ou 9 anos é muito tempo e tenho muitos outros sonhos mais pequenos a realizar antes do grande sonho. Fazendo uma analogia entre construir uma carreira desportiva e construir uma escadaria, não acho boa ideia construir apenas um degrau muito grande, porque provavelmente não o conseguiria subir. Em vez disso, seria melhor construir vários degraus mais pequenos para chegar ao destino final da maneira mais eficiente possível. Logo, os Jogos Olímpicos não são algo que penso no meu dia a dia, ou seja, é um sonho que tenho bem “guardadinho”. Esta abordagem, que talvez possa ser surpresa para muitos, é para mim, a mais saudável e equilibrada.

O que agora vai ser preciso fazer para estar nos jogos em 2028?

Manter a consistência; Confiar no processo; Continuar a trabalhar como tenho vindo a fazer, uma vez que reconhecimentos como este mostram que o tenho feito da maneira certa.

Quais os objetivos para esta temporada?

Tratando-se do meu último ano de Júnior, disputar o Campeonato da Europa e Campeonato do Mundo deste escalão vão ser os meus maiores focos para 2023.

O irmão Afonso é o impulsionador? Que diz ele do atingir deste patamar?

Foi por causa do Afonso que comecei a praticar triatlo, por isso acho que, indiretamente, foi ele que fez com que o sonho aparecesse. Ser escolhido para Esperança Olímpica, tal como ele foi há uns anos, é algo que mostra as nossas semelhanças, nomeadamente a dedicação, o compromisso com o treino e o sonho que partilhamos. Sinto que, se um de nós marcasse presença nos Jogos Olímpicos, o outro se sentiria quase igualmente realizado.