Confrontados com a novela da queda do governo, quase temos que pesquisar por notícias sobre o estado da nossa Saúde. Promessas de médicos de família para todos os portugueses, da diminuição das listas de espera ou do acesso facilitado a todos quantos precisem de recorrer a assistência faziam antever um mar de rosas ao longo desta legislatura e que, com o passar do tempo, apenas nos fizeram recorrer à nossa memória: afinal as rosas não são apenas uma flor, também têm espinhos.
Espinhos que vemos diariamente quando nos deslocamos aos hospitais, centros e extensões de saúde. Faltam médicos, faltam enfermeiros, faltam auxiliares e por maior que seja o empenho, a dedicação e o compromisso dos que existem, honra lhes seja feita, é notório em cada olhar o cansaço e a falta de motivação que quase os atiram ao chão.
Na nossa terra vivemos o exemplo deste cruel cenário. É nos centros de saúde que a falta de médicos de família para milhares de utentes se faz sentir e desencadeia uma corrida às urgências hospitalares que expõe a falta de acção dos sucessivos governos em relação ao SNS.
Depois de tantas promessas adiadas, é nossa obrigação lutar por um SNS com qualidade para doentes e profissionais, pressionando as autoridades a agir no sentido de proporcionar condições dignas e sem mais demoras. Não podemos estar dependente de eleições ou nomeações. Abaixo assinados, manifestações e outras acções de luta são necessárias, em conjunto com as reivindicações dos profissionais de saúde, para dar uma nova vida ao SNS e evitar o seu colapso por falta de vontade de quem nos governa.
Carlos Arreigota – CDU Almeirim