O que se passou com o INEM e provocou a morte de, pelo menos, 3 de 11 pessoas, é completamente inadmissível visto que cria uma ameaça direta ao Direito à Vida bem como o Direito à Proteção da Saúde (artigos 24º e 64º respectivamente).
Efetivamente, situações como as que se passaram nos últimos dias revelam a fragilidade endémica e o caos que impera um pouco por todo o SNS. Todos sabemos que o atual modelo de gestão daquele serviço é insustentável, basta ter em conta o aumento exponencial de usuários do dito sistema, provocado pelo aumento da emigração descontrolada e desregulada, que veio sobrecarregar e aumentar as dívidas deste organismo. Também há que ter em conta os custos do chamado Turismo de Saúde que é pago pelos Contribuintes do qual um dos casos mais mediático foi o Caso das Gémeas.
Todo este caos está, de certa forma, explanado no estado a que chegou o INEM, que muitas vezes é a primeira linha de contacto no acesso à prestação de Cuidados de Saúde. Quando temos um desinvestimento progressivo na Saúde ao longo de vários anos, a fuga de Profissionais qualificados para outros países, falta de hospitais e centros de saúde fechados, o que se passou é o explodir de uma bomba relógio que ameaçava à muito fazê-lo.
Se Portugal se considera um País civilizado e europeu, situações destas não podem ocorrer! A falta de meios técnicos e humanos de um serviço de primeira linha como o INEM deu origem a estas mortes que são injustificáveis. Já diz o Povo, na sua sabedoria, “na comida e na saúde não se poupa!”. Neste caso, é de perguntar o que se andou a fazer todos estes anos, onde não se atualizou o INEM e o SNS à realidade em que se vive?! Onde estão os Fundos Europeus de Investimento vindos da Europa?! A epidemia do Covid-19 já tinha denunciado a fragilidade existente nos serviços e isto para não falar no caos das maternidades e da gripe sazonal… .
O que hoje está à vista é o resultado de políticas desastrosas tanto do Partido Socialista como do Partido Social Democrata! Ambos os partidos possuem responsabilidade na actual situação e dela não se podem escusar.
Há que rever prioridades e devolver a saúde aos “moribundos” SNS e INEM! O Partido Chega! Certamente conseguirá fazê-lo.
António Carneiro – CH Almeirim
