A pandemia do Sars-Cov2 é um marco histórico nas nossas sociedades. A partir de agora, haverá sempre um “antes” e um “depois” COVID19. De
um momento para o outro, tivemos de alterar os nossos hábitos.
Deixámos de poder beijar e abraçar os nossos familiares e amigos. Somos forçados a usar máscara em locais públicos. Vivemos, durante cerca de dois meses, confinados às nossas habitações, para evitar que houvesse um maior contágio e que este colocasse em causa a capacidade dos serviços de saúde.
Muitos passaram a trabalhar a partir de casa e, muitos mais, só não engrossaram os números do desemprego porque o governo decretou
o lay-off, impossibilitando os despedimentos. Isto porque, durante esses
dois meses, as empresas dos sectores considerados não essenciais, foram forçadas a parar a sua actividade.
Quando desconfinámos, as regras passaram a ser bem mais restritas. Os restaurantes, cinemas e teatros reduziram a sua capacidade, a bem do distanciamento físico. Os festivais de música foram cancelados/adiados para o próximo ano. As nossas praias também estão sujeitas a regras de lotação. As escolas e as universidades estão a braços com esta nova realidade. Os hospitais e centros de saúde foram forçados a adaptar-se para poderem acolher doentes COVID.
Um novo mundo!
No entanto, o PCP, dando mostras do seu anacronismo e de uma terrível falta de bom senso, vai realizar a Festa do Avante como no passado, colocando à venda as mesmas 100.000 entradas. Não é um festival de música, dizem eles! É uma actividade político-cultural. E como todos nós sabemos, tudo o que é político – e de esquerda acrescento eu, não pode ser proibido, sob pena de ser considerado uma ameaça à liberdade conquistada há 46 anos!
Humberto Neves
PSD Almeirim
Opinião publicada na edição impressa de 15 agosto