“Sempre amei dançar” 

Margarida Casebre sagrou-se, em fevereiro, Campeã Nacional Juventude Pré-Open Latinas. A dançarina, de 16 anos, é de Paço dos Negros e já tinha sido campeã em Juniores II intermédios Dança Standard, antes da pandemia. 

Quando e como surgiu o gosto pela dança?

Eu comecei a dançar sensivelmente quando tinha 10 anos, numa escola em Santarém, com a professora Salomé Ferreira e Nuno Alves. Entretanto, há cerca de três anos, fui para uma escola em Vila Franca de Xira e é aí que eu tenho estado.

Lembro-me também, perfeitamente, quando comecei a dançar, foi também por influência do meu avô porque ele sempre esteve ligado ao mundo da dança e a minha mãe também andava na dança. Sempre amei dançar.

Começou por que área?

Comecei polo Zumba. Aliás, experimentei muitos tipos de dança e também fiz ballet, fiz hip hop, também andei no rancho, mas depois percebi que eu gosto mais de dança de salão, dança desportiva.

O que significa o título que conquistou em fevereiro?

Estamos muito felizes e orgulhosos por este resultado, é o reconhecimento pelo nosso trabalho e dedicação pois é uma modalidade muito exigente e, por vezes, é difícil conciliar com os estudos. Este resultado é um incentivo para continuarmos o nosso caminho na dança desportiva, a nossa grande paixão.

Já iam com o pensamento na vitória…

Todos pensam em ganhar, mas senti-me livre porque eu gosto mesmo muito de dançar e, na pista, eu esqueci-me de tudo e apenas fiz o meu melhor. Nunca pensei mesmo que realmente pudesse ser campeã…

Como foram as reações depois deste resultado?

Na escola, todos os meus colegas e até os professores me deram os parabéns porque todos tinham visto as notícias. Eu senti-me muito feliz e percebi que realmente todo o esforço, todas as horas mal dormidas, todos os “stresses” e tudo o que eu chorei de nervos… realmente valeu a pena.

Quantas horas precisa de treinar por semana?

Eu tenho normalmente treino três vezes por semana, às vezes quatro, e agora, antes do campeonato, treino muito, muitas vezes ao fim-de-semana. 

A família é um grande suporte?

Realmente, sem a ajuda dos meus pais, não seria possível… A quantidade de vezes que o meu pai me leva a Vila Franca de Xira e o facto de chegarmos tardíssimo… Sem o apoio deles, nunca teria chegado tão longe.

Eles também vibraram ? 

A minha mãe estava eufórica como a minha irmã, a minha irmã farta de chorar. Eu fiquei mais feliz por os ver vibrar assim.

Como se consegue conciliar a escola com a dança?

Eu tenho que fazer o meu melhor, mas não é fácil porque estou no11º ano e este é um ano difícil. Eu estou em Ciências e, às vezes, torna-se um bocado complicado conciliar tudo, mas vou conseguindo. 

Onde quer chegar nesta área?

Na dança, eu quero mesmo chegar o mais longe possível e conseguir representar o país. Não escondo que também quero obter bons resultados e é mesmo conseguir evoluir o máximo para que me sinta sempre a fazer o meu melhor. Desejo também conseguir obter cada vez melhores resultados agora, trabalhar atualmente estes bons resultados que tive.