À crise pandémica que nos tem afetado nos últimos anos, junta-se, agora, uma grave crise geopolítica com o regresso dos tempos da guerra e da volatilidade da paz no mundo. A globalização, tal como a conhecemos, parece ter os seus dias contados. Infelizmente, é através da guerra ou da sua ameaça, que as grandes fragilidades das nações são postas a nu. E a dependência energética é uma das mais graves. Ironicamente, foi preciso uma guerra – aquela que hoje vivemos – para os governos compreenderem finalmente aquilo que muitos, há muito, vinham alertando: a independência energética reside na aposta em formas de energias alternativas, mais amigas do ambiente e, também, da soberania nacional.
Almeirim, no que respeita às alterações climáticas e à sustentabilidade do planeta. sempre esteve um passo à frente. Desde a aposta na poupança de energia instalando lâmpadas LED na iluminação pública do município, à procura de soluções de mobilidade sustentável que diminuam a nossa pegada ecológica, à criação de mais espaços verdes nas áreas urbanas, à plantação de árvores em todo o concelho, muito se tem feito. A recente decisão de colocar à disposição dos almeirinenses um conjunto de trotinetas elétricas para reduzir a utilização do automóvel, é mais um passo nesse caminho.
Também as abelhas, essenciais à preservação de todo o ecossistema e à sustentabilidade da agricultura, merecem atenção por parte dos nossos autarcas. A iniciativa de só cortar a relva e as flores depois de maio em alguns espaços urbanos, é de enaltecer. Pequenos atos e exemplos com grande significado para o nosso futuro.
Artigo de Gustavo Costa, PS Almeirim