Helena Fidalgo procura sempre a excelência no atendimento e nos serviços prestados na Óptica Vanessa. É assim que se explica a longevidade de um espaço com mais de 20 anos.
No dia 17 de abril, a Ótica Vanessa comemorou 22 anos. Como surgiu em 2000 este projeto?
Este projeto surgiu de um sonho. Eu estava ligada à área da ótica, a minha formação foi nesta área, e grande parte do meu tempo de trabalho por conta de outrém, também. Estão, se eu tinha o conhecimento, a vontade e se o sonho comanda a vida, porque não arriscar? Arrisquei, tive medo, tive coragem, voltei a ter medo, mas continuei com coragem de arriscar e… cá estou há 22 anos.
Em que espaço?
O meu primeiro espaço foi aberto na Praça Lourenço de Carvalho, em Almeirim, mantenho-o aberto e por aqui pretendo ficar mais uns tempinhos.
Como foi o arranque? Que dificuldades teve?
O arranque não foi fácil. Como em tudo na vida, a mudança assusta sempre. Foi uma grande decisão para tomar a solo. Quando somos jovens, temos garra, mas também temos medos. As minhas maiores dificuldades foram as mesmas que a maioria das pessoas têm quando abrem um novo negócio e ainda não são conhecidos. Primeiro, tive que fazer o cliente perceber que podia confiar em nós. A partir do momento em que o cliente confie em quem lhe está a prestar um serviço, é certo que se fideliza à casa. Mas, ao longo dos tempos, temos que fazer também por merecer essa confiança.
Ainda se lembra a quem vendeu os primeiros óculos?
Lembro-me muito bem. Foi à Andreia. Jamais irei esquecer esse momento mas, para não correr riscos, registei em fotografia. Foi um momento de satisfação inigualável.
Quais as maiores mudanças nestes 22 anos?
Sem dúvida, foi o avanço das tecnologias. Atualmente, estamos munidos de equipamentos que nos ajudam bastante a identificar os problemas de cada cliente e também na preparação do produto que o cliente necessita. Falo, obviamente, no trabalho que a preparação de uma lente nos dá para adaptar a determinado olho, com determinada patologia, por exemplo. Há vinte anos atrás, estes equipamentos não existiam e as pessoas usavam óculos na mesma, é certo, mas, às vezes, arranjávamos de um lado e descuidávamos do outro. Agora, conseguimos definir e identificar tudo com muito mais precisão. Mas muita coisa mudou: o tipo de lentes, as marcas, a oferta, a exigência do cliente, sei lá, tanta coisa. Isso obriga-nos a ter constantes formações para servir bem o nosso cliente. E nós primamos pela qualidade e pelo bem-estar de quem nos procura, até porque com a saúde, não se brinca! E a saúde dos nossos olhos é preciosa.
A concorrência é maior ou diferente?
É maior. Na altura em que abri a Óptica Vanessa, éramos três óticas a trabalhar, agora somos muitas mais, no entanto, eu não sei se lhe chamaria concorrência. Em termos de marcas, talvez, mas na minha modesta opinião, acho que, pelo concelho de Almeirim, não fazemos sombra uns aos outros. Temos métodos de trabalho diferentes. Penso que, tanto eu como os meus colegas, primamos pela qualidade na oferta ao cliente, tanto no produto quanto no atendimento, e esse será sempre o caminho. Estamos muito tranquilos na questão “concorrência”. Todos precisamos de viver, não é verdade?
Também já cresceu para lá de Almeirim. Porquê?
Cresci para fora de Almeirim porque os meus clientes assim o exigiram. A loja de Almeirim começou a não conseguir dar vazão à procura e, uma vez que vinha tanta gente de fora, propositadamente, à loja, porque não ir a loja até ao cliente? Foi por uma questão de proximidade e de conforto para com o cliente.
O que marca a diferença, nos dias de hoje?
Nós caracterizamo-nos pela qualidade no serviço, acompanhamos a atualização do mercado e estamos sempre muito próximos do cliente. Aliás, a maior parte das vezes, ganhamos um cliente e um amigo com quem nos preocupamos e que se preocupa connosco, e isso deixa-nos de coração cheio. A Óptica Vanessa não é procurada por ter óculos mais baratos que a, b ou c, ou não deixam de vir à loja porque os óculos x ou y são mais caros que noutras lojas. Vêm porque nós, cada vez mais, exigimos de nós próprios o melhor para o nosso cliente. É isso que marca a diferença!
Quais os desafios para o futuro próximo?
Neste momento, não acho muito favorável desafiar o futuro. Temos que ser cautelosos e manter os pés bem assentes na terra. Vamos continuar com o nosso lema que é “qualidade” e “responsabilidade”, acima de tudo!
Futurologia, não faço neste momento.
Em que medida a pandemia foi um travão ao crescimento?
Pois é mesmo o período que estamos a atravessar que me obriga a não pensar muito no futuro. A pandemia obrigou-nos a travar a fundo nas nossas vidas. Isso foi, sem dúvida, uma paragem abrupta no crescimento. Estivemos dois anos praticamente parados. O comércio quase afundou. Alguns não conseguiram resistir. Uns mais que outros, obviamente, mas tudo sofreu! As óticas não foram exceção.