A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) avançou com uma série de propostas para poupar energia no setor comercial. Esta entidade apresentou uma série de soluções como a diminuição da iluminação noturna (montras e iluminação pública) e a redução dos horários de funcionamento no comércio e nos serviços.
Ao jornal O Almeirinense, Helena Fidalgo, Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Almeirim (MOV Almeirim), concorda com algumas das propostas avançadas pela confederação do comércio, nomeadamente nas medidas que visam poupar energia. “ Concordo com as propostas. Eu própria, enquanto comerciante, já não deixo as luzes da montra ligadas à noite. O comércio é um setor que gasta alguma energia, principalmente se deixarem as luzes ligadas durante a noite”, referiu.
As propostas, contudo, não foram bem recebidas. Diversas entidades ligadas ao setor já demonstraram o seu descontentamento face a estas propostas pois, tais medidas, teriam um impacto económico negativo no setor comercial. Uma opinião que merece a concordância de Helena Fidalgo: “Estas medidas teriam um impacto económico negativo. Eu reconheço que é muito difícil adotar estas medidas porque as pessoas são muito de hábitos. Mas é uma questão para pensar e refletir. Mas inicialmente seria prejudicial para o comércio”, defende.
A redução de horários é um dos pontos que mais polémica tem causado entre os comerciantes. Carla Salsinha, presidente da União de Associações do Comércio e Serviços de Lisboa, defende que as lojas de rua podiam facilmente fechar uma hora mais cedo. Helena fidalgo, por sua vez, considera que fechar as lojas antes das 19h seria prejudicial para os comerciantes, uma vez que “muitas pessoas, a essa hora, saem dos locais de trabalho e vão até ao comércio”.
A Associação de Centros Comerciais considera que estas recomendações iriam ter um impacto negativo, numa altura em que comércio recupera ainda dos efeitos causados pela pandemia. Esta entidade apresentou uma série de medidas alternativas, como a introdução de painéis foto voltaicos para garantir uma energia mais sustentável e amiga do ambiente.
Para além do comércio de rua, estas propostas foram também sugeridas aos supermercados e aos hipermercados.