Helicóptero de combate a incêndios já está no aeródromo de Santarém. Almeirim tentou ser possibilidade

O helicóptero de combate aos incêndios, que tinha sido deslocalizado do heliporto de Pernes para o de Ponte de Sor, já está localizado no aeródromo de Santarém desde o final do dia de ontem, quinta-feira, 1 de setembro. Depois de criadas condições na infraestrutura, com a instalação do tanque de combustível por parte da Helibravo, a aeronave já pode voltar ao concelho de Santarém.

Segundo apurou O Almeirinense, durante este processo, Pedro Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Almeirim, tentou a vinda do meio aéreo para o concelho, mas tal não foi possível por falta de infraestrutura para receber o mesmo.

Já o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, afirmou que esta é “a melhor localização” para o apoio deste meio aéreo no combate a incêndios que ocorram no distrito.

A Proteção Civil decidiu retirar a aeronave do heliporto de Pernes devido às “restrições operacionais ali existentes” e consequentes indisponibilidades do helicóptero, optando por a reposicionar no aeródromo de Ponte de Sor.

Numa publicação divulgada, o presidente da Câmara Municipal de Santarém afirmou que a autarquia foi contactada pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para a possibilidade de vir a utilizar o aeródromo de Santarém, como alternativa ao Centro de Meios Aéreos de Pernes.

O autarca reconhecia, na publicação, que as restrições operacionais no heliporto de Pernes “limitavam as operações e promoviam consequentes indisponibilidades do meio aéreo (helicóptero de combate a incêndios) posicionado naquele local”.

“Reconhecendo a importância da presença deste meio aéreo de combate a incêndios na área do distrito de Santarém, o município de Santarém reitera que, desde a primeira hora, desencadeou todos os procedimentos necessários para que a relocalização do helicóptero seja uma realidade, assegurando desta forma a salvaguarda de pessoas e bens”, sublinhava.

No esclarecimento feito à Lusa no passado dia 23, a ANEPC referiu que a decisão de deslocalização da aeronave de Pernes surgiu na sequência de o piloto ter, por diversas vezes, recusado descolar para combater incêndios, invocando razões de segurança, nomeadamente, a existência de vento forte de cauda e o facto de aquele heliporto estar certificado pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) para operar com apenas um único canal de aproximação/saída.

Questionada pela Lusa, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) explica que autorizou o heliporto de Pernes, uma vez que “reúne as condições necessárias para o efeito”, mas ressalva que a decisão de lá colocar meios aéreos não é da sua responsabilidade.

A ANAC referiu que comunicou à ANEPC e à Força Aérea “as condições subjacentes à emissão da autorização emitida para o heliporto de Pernes à data dessa decisão”.

“Bem como as suas limitações, na sequência das quais impôs como medida associada a tal autorização, a realização de briefings pré voo às tripulações com indicação das condições aprovadas e termos da autorização”, conta a ANAC, designadamente a existência de apenas um circuito para descolagem e aterragem.

C/Lusa