A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) aprovou um conjunto de medidas para os municípios da região reduzirem os consumos de energia e de água, querendo igualmente apostar na produção local de energias renováveis e na eficiência hídrica.
Em comunicado, a CIMLT afirma que foi aprovado, pelo Conselho Intermunicipal, um documento com as medidas a implementar pelos municípios da região (Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém), com vista a reduzir o consumo de energia e de água e a encontrar soluções alternativas.
Entre as medidas apontadas, encontra-se o ajuste dos horários de funcionamento da iluminação pública, bem como dos níveis de iluminação, e assegurar que as luzes não permaneçam ligadas durante os períodos diurnos.
“Após o investimento já efetuado na iluminação pública com a colocação de iluminação LED, dever-se-á desenvolver novos esforços para a implementação de sistemas de iluminação mais eficientes em toda a rede de iluminação pública através de instalação de sistemas de regulação e controlo, incluindo sensores de presença”, afirma a nota da CIMLT.
A substituição gradual da iluminação interior e exterior dos edifícios públicos por tecnologia LED de alto desempenho energético, desligar as luzes interiores sempre que os espaços não estejam a ser usados e as luzes decorativas às 22:00, redução da iluminação de Natal e uso da luz natural sempre que possível, são outras medidas a adotar pelos municípios da região.
“Além do investimento de cerca de 400 mil euros que já está aprovado no âmbito da candidatura ao Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia (PPEC), dever-se-á, desde já, preparar um acordo quadro na CIMLT para a realização de mais investimento nesta área”, acrescenta.
O documento aponta, ainda, na climatização de espaços, para a regulação para o máximo de 18 graus centígrados no inverno e o mínimo de 25°C no verão, o fecho de portas e janelas nos espaços com entrada direta para a rua, desligar o sistema quando o espaço não é usado e a substituição de equipamentos pouco eficientes.
Para as piscinas e complexos desportivos, é pedida a “adequação da temperatura da água e do ambiente das piscinas cobertas por forma a otimizar a eficiência e as disponibilidades energéticas”, a regulação do caudal das torneiras e chuveiros para assegurar as necessidades sem desperdício de água, reforço da manutenção periódica preventiva dos sistemas, utilização de energias renováveis no aquecimento de água (piscinas, banhos e climatização), melhoria da eficiência nos sistemas de bombagens, entre outras.
A CIMLT preconiza o fomento da produção local de eletricidade através de sistemas de aproveitamento de fontes de energia renovável, apontando para a preparação de “um acordo quadro para o autoconsumo com recurso ao fotovoltaico”.
Em matéria de eficiência hídrica, o documento elenca como medidas a redução do tempo de água corrente e adequação da temperatura da água do sistema de aquecimento à estação do ano, a redução da quantidade de água utilizada na lavagem de pavimentos, do número de lavagens de veículos e do consumo de água nos sanitários.
Recomenda que, “sempre que possível”, seja utilizada “água residual devidamente tratada em Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) para lavagem de pavimentos, lavagem de veículos, jardins e similares, campos desportivos e outros espaços verdes de recreio”.
As restantes medidas visam a redução do desperdício de água na rega de espaços exteriores, apontando para a programação da rega para horários de menor evaporação, aproveitamento, sempre que possível, de águas pluviais ou de outras proveniências para regas e lavagens e promoção da plantação de espécies com baixa necessidade de rega, apropriadas ao clima e tipo de solo.