Assim se passou mais um Outono/Inverno, e nesta temporada, com um início promissor de chuva, infelizmente, acabou por ser de pouca e curta duração, apesar de ter feito estragos.
Voltamos a ter grande parte do território em seca, cerca de 80% de acordo com os dados à data. Mas tudo indica que as preocupações dos desgovernantes são baixas ou muito baixas. Voltaremos a ter uma temporada de Primavera/Verão com problemas graves nos recursos hídricos, assim como consequências imediatas nos custos das explorações agro-pecuárias, e não só, por todo o País.
Apesar das condições atmosféricas que temos estado a sentir, com alterações em diversos aspetos, sejam elas de temperaturas, eventos extremos e de grande durabilidade, não podemos deixar de procurar sempre alternativas, melhorias e inovações, para garantirmos o presente e o futuro de todos nós.
Os planos hídricos e florestais em todo o território têm de ser pensados, elaborados e concretizados, não só com celeridade, mas de forma geral e uniforme, pois eles têm impacto em toda a nossa vida. Estes não podem estar pendentes de ideologias, mas sim das necessidades do País no seu todo, unindo todos com um único objetivo e propósito, melhorar, aumentar e garantir os recursos no presente e para o futuro.
As políticas de âmbito e impacto nacional têm de ser tratados dessa forma, e sem preconceito de ideologias ou tempos de eleições, se não continuamos no círculo de indecisões, avanços e revés, da qual sofremos há cerca de 50 anos. Desfazer decisões que, só porque outros as tomaram, independentemente de serem as melhores ou mais assertivas, não têm ajudado a uma sociedade e economia a melhorar, mas sim dividir e parar, senão mesmo atrasar.
João Vinagre – CDS Almeirim