Este mês de agosto irá ficar na história pela realização das Jornadas Mundiais da Juventude – Lisboa 2023.
Cerca de um milhão e meio de jovens (e não só…) participaram naquele que foi, até hoje, o maior evento de âmbito mundial jamais realizado em Portugal.
Sem opinar sobre os aspetos religiosos inerentes ao cariz católico do evento, os benefícios para o país são muitos e fáceis de identificar: projeção da imagem positiva de Portugal no mundo, com evidentes benefícios na economia e no turismo nacional; o conhecimento que os jovens participantes de todos os cantos do planeta levam de nós; o potencial retorno que advirá pelo facto de muitos destes jovens virem, no futuro, a estar à frente dos destinos políticos e económicos dos seus países e conhecerem-nos. Isto bastaria.
Mas se os jovens foram o motivo das jornadas, o grande protagonista foi o mais jovem entre eles: o Papa Francisco. O seu discurso marcado por um profundo humanismo, um exemplo de lucidez política sobre a sociedade atual, ao identificar, com coragem, os desafios que a humanidade tem pela frente e apontando caminhos, fazem dele o único grande líder mundial da atualidade
A sua coragem tem sido muito criticada, principalmente por outras visões religiosas do mundo, mas também, ou principalmente, por algumas franjas mais conservadoras da Igreja – ordenados ou leigos – que, sempre com Deus na ponta da língua para justificar todos os seus atos, temem que o discurso de Francisco ponha em causa os seus objetivos de índole pessoal ou política.
O Papa Francisco ao defender que a Igreja é para todos, dá uma grande lição de humanismo extensiva a toda a humanidade. Só no humanismo se vislumbra o futuro e o futuro são os jovens. Francisco é juventude, é futuro.
Gustavo Costa – PS Almeirim