Agricultura a mudar

A agricultura enfrenta novos desafios e o Jornal de Negócios escreveu, no dia 28 fevereiro, uma reportagem alargada sobre as mudanças que algumas até nos apercebemos, outras nem tanto. 

Um dos desafios é a necessidade de ser capaz de alimentar uma população mundial que já vai nos oito mil milhões de pessoas – a ONU estima que o valor chegue aos 8,5 mil milhões em 2030 e aos 9,7 mil milhões em 2050 – e, simultaneamente, cumprir as metas de sustentabilidade definidas pela Comissão Europeia (e pela sociedade). Isto ao mesmo tempo que luta contra a imagem negativa de que é a principal gastadora de água (potável).

Luís Mira, secretário-geral da CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal, afirma que os “agricultores portugueses, pese embora todas as adversidades – naturais e políticas – que enfrentam, têm feito um excelente trabalho no que diz respeito à modernização da atividade agrícola, investindo fortemente em prol de um setor moderno e mais sustentável, que prima pela capacidade de gestão dos empresários agrícolas e pela implementação de novas tecnologias que permitem a gestão eficiente dos recursos para garantir a maior competitividade das explorações agrícolas”.

Firmino Cordeiro, diretor-geral da AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal, acrescenta que a agricultura digital, de precisão ou 4.0, como é conhecida, é uma realidade em Portugal há muitos anos. O executivo aponta que tecnologias de informação estão a mudar a forma como produzimos alimentos, proporcionando aumentos de produtividade, eficiência e a consequente redução de custos. As empresas portuguesas estão cada vez mais nessa vanguarda e fazem uso da tecnologia de forma exemplar. E dá o exemplo do regadio. Uma tecnologia que já está a contribuir significativamente para combater a escassez de água e, ao mesmo tempo, otimizar a produtividade.

Com Jornal de Negócios