A Ecolezíria, empresa intermunicipal para o tratamento de resíduos sólidos, deu início a um projeto-piloto que visa promover junto da população a importância da implementação e reforço de hábitos de separação de resíduos. Denominado ‘Recolha Porta-a-Porta de Recicláveis’, o projeto vai abranger os municípios de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Cartaxo, Coruche e Salvaterra de Magos.
O projeto ‘Recolha Porta-a-Porta de Recicláveis’ irá avançar primeiramente em áreas habitacionais, escolhidas pelos municípios, com o objetivo de tornar mais fácil e confortável a separação de recicláveis, ao definir dia e hora para a recolha destes resíduos, sem que para isso os moradores tenham de se deslocar aos ecopontos mais próximos.
Para avançar com o projeto, a Ecolezíria vai distribuir três baldes em quatro mil habitações, em zonas estrategicamente selecionadas, com toda a informação necessária de como proceder, de forma simples e prática.
Serão distribuídos um balde castanho de 30 litros para serem colocados os sacos verdes com os biorresíduos; um balde amarelo de 45 litros para colocar o plástico e o metal; e um balde azul de 45 litros para colocar o papel e cartão.
Inicialmente, serão apenas recolhidos os resíduos dos baldes azul e amarelo. A recolha dos biorresíduos será feita posteriormente. Neste sentido, as embalagens de plástico e metal serão recolhidas uma vez por semana, as de papel e cartão serão recolhidas quinzenalmente e os biorresíduos serão recolhidos duas vezes por semana.
“Nos últimos anos o número de Ecopontos teve um grande aumento, mas a recolha de resíduos para reciclagem não aumentou da mesma forma. De maneira a dar uma resposta a este problema criámos a Recolha de Resíduos Recicláveis Porta-a-Porta, como uma forma de incentivarmos a esta prática positiva. Temos de inverter as estatísticas que colocam Portugal longe das metas definidas pela União Europa para recolha de resíduos”, refere Dionísio Mendes, administrador executivo da empresa.
Conforme os objetivos definidos pela União Europeia, Portugal e os outros estados-membros devem enviar cerca de 65% dos seus resíduos para reciclar até ao final de 2025. No relatório da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), sobre a reciclagem relativo a 2022, a recolha indiferenciada (lixo comum) representa 77% dos resíduos recolhidos, enquanto a recolha seletiva (reciclagem) representa apenas 21%.