Vivemos em tempos muitos estranhos, talvez mais que estranhos, pois, por vezes, a forma como vejo as coisas, parece que vivemos num mundo paralelo. Podemos observar umas determinadas “elites de baixa mediocridade” a “des” governar, ostentar-se, condicionar pensamentos e ideias, alegremente a “partilhar” socialistamente os bens dos outros (porque os deles, são deles!) e a tentarem garantir a dependência monetária e social dos vários níveis da máquina estatal. Não consigo entender como é que pessoas, que, supostamente, são “mais” instruídas educacionalmente, suportam esta forma de regime! Só me ocorre que, para além de viverem do regime, respiram e vivem para ele.
“Ainda assim, fazem pior, porque, quando aqueles que se juntam e sem receio (…)”
Mas depois temos outras pessoas, umas que tentam, por vários meios (entenda-se, legais) mudar o rumo que estamos a tomar, sabendo que são mais os que discordam e não apoiam este caminho, mas… Ah, mas… mas não se querem envolver, não querem participar, não querem fazer frente ao regime instalado, ao Presidente da Junta ou Câmara, ao nomeado do gabinete X, Y ou Z, ou do chefe, também ele nomeado ou levado ao colo, de um qualquer organismo XPTO…
Ainda assim, fazem pior, porque, quando aqueles que se juntam e sem receio ou medo, enfrentam
este regime de coisas, não vão votar, ou vão votar no mesmo porque já está lá, ou porque é da terra e a defende. Um amigo, ainda há pouco tempo me disse, “…as pessoas, a partir duma certa idade, acomodam-se e tornam-se uma espécie de ‘Senadores’…”, e eu acrescento, pactuando assim com o regime e os seus tentáculos! Entregam as “chaves” do futuro, sabendo que sofrem no presente.
João Vinagre
CDS Almeirim
Artigo de opinião publicado na edição de 1 de julho de 2021