A empresa norte-americana Fresh-52 afirmou que não pretende desistir do investimento para o projeto de produção e exportação de cenouras bebés em Almeirim.
A empresa admitiu ao Jornal de Negócios que durante o decorrer das próximas semanas, o objetivo é voltar a concorrer ao incentivo público e, numa melhor situação, já confirmaram a entrada de dinheiro no projeto.
“Compreendemos os critérios da AICEP em relação aos atrasos do projeto. Infelizmente, fomos confrontados com situações que estiveram fora do nosso controlo e que nos impediram de cumprir os prazos acordados”, justificou a empresa ao Jornal de Negócios.
O Diário da República publicou esta terça-feira, dia 20 de julho, um despacho onde é referido que a empresa “não apresentou, até hoje, nenhuma despesa relacionada com a construção e equipamento da unidade industrial, tendo apenas submetido para alegadamente comprovar o início do projeto uma fatura, no valor de cerca de 30 000 (euro), relativa à encomenda de uma maqueta da linha de produção projetada.”
Segundo o Jornal de Negócios, o Governo admitiu que os atrasos do projeto “começaram muito antes da situação de pandemia ter sido declarada e são imputáveis em primeira linha à própria 52-Fresh, que, não obstante a complexidade do processo e as insistências que lhe foram sendo dirigidas, só em outubro de 2019 submeteu o respetivo pedido, isto é, 10 meses após o início do prazo fixado para a execução do projeto de investimento”.
O projeto das cenouras bebé, que iria criar 183 postos de trabalho, onde 42 equivalem a postos de trabalhos qualificados, deveria estar realizado até ao dia 31 de dezembro de 2020.