Importantes e Decisivas

Vamos ter, no final deste mês de janeiro, as eleições mais importantes e decisivas que, provavelmente, se realizaram até agora para o parlamento português. Importantes porque, após o fim brusco da anterior legislatura, o país precisa de estabilidade política e credibilidade para enfrentar os desafios que se avizinham: controlar o surto epidémico que nos assola – assegurando condições para que no futuro a saúde pública, a saúde de todos nós, nos permita viver um quotidiano sem o permanente espectro da “espada de Dâmocles” que o novo coronavírus suspende sobre as nossas vidas – e retomar o caminho do crescimento económico sustentável, que leve ao esbatimento das assimetrias sociais que subsistem e nos assegure bem-estar e prosperidade futuras.

Serão também eleições decisivas, porque se enfrentam conceções de sociedade muito distintas. Das franjas da esquerda mais ortodoxa e radical, à direita mais extremista, passando pelos centros democráticos – mais ou menos inclinados para qualquer dos lados – o eleitorado tem nas mãos, talvez sem que a maioria se aperceba, o poder de decidir que Portugal teremos nas próximas décadas. A sociedade portuguesa, que é na sua grande maioria uma sociedade de formação democrática e humanista, terá a clarividência de escolher com sabedoria, sem se deixar levar por encantadores de serpentes e vendedores ambulantes de todos os tipos de mezinhas.

A escolha do futuro dos nossos filhos e netos é agora. Por eles, vote.

Artigo da autoria de Gustavo Costa, PS Almeirim