O fumo intenso do incêndio que deflagrou em Ourém, na tarde desta sexta-feira, 19 de agosto, está a sentir com intensidade ao longo desta noite em Almeirim. Este é o único fogo ativo em Portugal e reúne no teatro de operações mais de 500 operacionais, com o apoio de 154 viaturas, entre eles equipas dos Bombeiros Voluntários de Almeirim.
O fogo que deflagrou hoje, às 14h40, no Carvalhal, na freguesia de Espite, concelho de Ourém, e se estendeu às localidades vizinhas, obrigou ao corte da circulação ferroviária na Linha do Norte, desde cerca das 18h30, indicou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém.
Um aviário foi destruído por este fogo, provocando um prejuízo de cerca de um milhão de euros, disse à Lusa fonte da empresa situada em Resouro, na freguesia de Urqueira. Também pelo menos 50 pessoas foram retiradas hoje das suas casas, por precaução, devido a este incêndio.
De acordo com Luís Albuquerque, pelas 20h40, o incêndio continuava “com duas frentes ativas” e “com grande intensidade”.
A tarde de hoje também ficou marcada por um acidente entre um veículo dos bombeiros, que combatia este incêndio, e um automóvel, tendo provocado três feridos ligeiros, ocupantes da viatura particular, que foram assistidos no Hospital de Leiria.
O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, anunciou durante o dia de hoje que o território continental vai estar em situação de alerta entre os dias 21 e 23 de agosto devido ao risco de incêndios.
José Luís Carneiro explicou também que a determinação da situação de alerta durante este período pressupõe “especiais limitações quanto ao uso do fogo, ao uso de máquinas e ao uso de trabalhos agrícolas, bem como no que diz respeito ao acesso aos espaços florestais”, sublinhando que a utilização do fogo é apontada como causa em 54% das ocorrências, aos quais se juntam outros 10% de causas diversas.
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C/Lusa