Os povos querem e precisam de paz, não daquilo que a guerra traz! No entanto, diversos conflitos continuam a agravar-se: na Palestina, no Saara Ocidental, na Síria, no Iémen ou na Ucrânia, com trágicas consequências que hoje sentimos.
Amanhã, poderemos estar todos envolvidos e as consequências são inimagináveis. O próprio futuro da vida humana poderá, inclusive, estar em causa, perante a ameaça de uma guerra nuclear. Sentimos profundamente a guerra nas condições de vida. Das sanções e bloqueios a países cuja imposição prolifera, e também da especulação que se serve da guerra como desculpa, nascem os cada vez mais fabulosos lucros das multinacionais de energia, alimentação ou grande distribuição. Atente-se nos milionários lucros da GALP, por exemplo.
Hoje, defender ou mesmo falar em paz, de diálogo, da amizade e da cooperação, torna-se quase “criminoso”. No entanto, é importantíssimo afirmar o Não à Guerra, a urgência da diplomacia, a prevalência dos princípios do direito internacional sobre a ingerência externa, a corrida armamentista, a ameaça e o uso da força nas relações internacionais.
A escalada da guerra e a produção de mais e mais sofisticadas armas, com cada vez mais milhares de milhões entregues ao complexo militar-industrial, tornam necessário que o Governo português possa contribuir para a paz, cumprindo os princípios inscritos na Constituição da República Portuguesa. Sem paz, não haverá justiça, nem o progresso social essencial para o bem-estar de toda a Humanidade.
Beatriz Apolinário – CDU Almeirim