Os recursos naturais estão na base da nossa existência, para além de cuidarmos deles, temos que igualmente os entender.
Não basta viver deles, mas temos que, sobretudo viver com eles, em harmonia e simbiose. No entanto, não podemos entrar em extremos, em nenhuma das vias, seja por excesso, seja por carência de zelo.
É só no equilíbrio entre o uso, conservação, renovação e gestão dos recursos, que o planeta nos concede para a nossa existência, que nos permite continuarmos a existir. Muitas vezes esquecemos que, somos nós que precisamos do planeta e dos seus recursos, e não o contrário.
Este equilíbrio não pode ser visto só neste campo, pois o uso e abuso de “outros recursos” criados pelo Homem e pela sociedade, faz com que os recursos naturais sejam afetados.
Estes “recursos” quando usados em obras ou investimentos, de forma leviana e muitas vezes sem consequências, faz com que os erros sejam mais reais e recorrentes. Haverá sempre a hipótese de corrigir, alterar, melhorar, mas poderia ser logo pensado antes de fazer, gastando assim menos “recursos” e recursos naturais.
Os “recursos” económicos são igualmente frágeis e de fácil má gestão, pois quando são públicos, muitos pensam que podem usar e abusar sem qualquer consequência.
Assim como os recursos naturais, não são nossos, mas são para nosso uso e sobrevivência, os “recursos” económicos públicos também não são dos governantes, mas sim para gestão e aplicação numa sociedade mais equilibrada e promissora.
Mas, assim como nos recursos naturais, existem os que apoderam-se deles e os que deles abusam. Na gestão política dos “recursos” públicos é igual, os que detêm o poder, querem mais e se possível a sua totalidade.
João Vinagre – CDS Almeirim