O Núcleo de Proteção da Ambiental (NPA) da GNR apreendeu dez redes utilizadas na captura ilegal do meixão no rio Tejo, no passado dia 21 de dezembro, no concelho de Salvaterra de Magos.
Segundo o Comando Territorial de Santarém, na operação direcionada ao combate ilegal da pesca do meixão, espécimes em fase larvar de enguia (Anguilla anguilla), os militares e elementos da Equipa de Proteção Florestal (EPF) “apreenderam e removeram, do leito do Rio Tejo, dez redes ilegais de captura de meixão, quatro ferros/âncoras utilizados para prenderem os artefactos de pesca e os espécimes nelas contidos”.
“O método utilizado pelos pescadores, nomeadamente, a utilização de redes com diâmetro muito inferior ao permitido nas redes de pesca profissional, para além da captura do meixão, têm também impacto na restante fauna fluvial e ainda na segurança da navegação na massa de água onde estão colocadas”, lê-se na nota da GNR.
Esta espécie de peixes catádromos, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) encontra-se com o estatuto de conservação: “Criticamente em Perigo”, o que significa que corre “risco de extinção na natureza extremamente elevado”, pelo que a pesca do meixão é apontada como um dos principais fatores de ameaça para a espécie, recordando-se ainda que esta atividade é proibida em todas bacias hidrográficas nacionais, à exceção do rio Minho. Por se encontrar em boas condições de sobrevivência, o meixão foi imediatamente restituído ao seu habitat natural.
Os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Benavente.
Esta ação contou com o reforço da Unidade de Emergência Proteção e Socorro (UEPS), através do Núcleo Especial de Operações Subaquáticas (NEOS).