Os produtos alimentares aumentaram 18,9% e os produtos energéticos 27,6%. A inflação em Outubro foi 10,2% e no ano prevê-se que seja 9%. O aumento das rendas de casa leva a que cinco famílias sejam despejadas diariamente. A prestação das casas, devido ao aumento dos juros, vai subir entre os 100 e os 150 Euros. A pobreza aumentou 12,5%. Há centenas de milhares de portugueses que empobrecem a trabalhar.
Em contrapartida, o Pingo Doce, em 9 meses obtém 419 milhões de lucro, a Sonae 268 milhões, o maior lucro dos últimos 8 anos; os lucros do retalho alimentar subiram 8% durante a pandemia; a EDP renováveis mais 181%, o grupo EDP mais 306 milhões, a GALP mais 608 milhões. Os 6 maiores bancos duplicam os lucros, são 7 milhões por dia. Os portugueses pagaram em comissões bancárias 1827 milhões.
Ora aí está! Antes era a pandemia, agora, a guerra e as sanções. Os agricultores que digam a quanto vendem o que produzem e compare-se o preço da revenda da grande distribuição. A verdade é que a maioria dos portugueses vive cada vez pior e uma minoria está sempre a faturar.
Dizemos que a culpa não foi da pandemia, não é da guerra e das suas consequências, pois a seguir encontrarão outras desculpas e justificações.
O PCP apresentou na AR propostas para aumentar o salário mínimo e para o controlo dos preços dos bens essenciais, mas PS, PSD, IL e Chega têm evitado, com o seu voto, a respetiva aprovação. Eles são os responsáveis por ser sempre o povo a pagar e os lucros a aumentar.
José Coutinho Lopes – CDU Almeirim