Pedir um empréstimo ao banco implica burocracia e deslocações a várias entidades diferentes. Será possível confiar num intermediário de crédito online para ajudar neste processo?
Pedir um crédito é, normalmente, uma tarefa complexa e que exige algum tempo. Entre deslocações ao banco, resultados de simulações, e envio e assinatura de vários documentos, é possível que a concessão de um financiamento demore dias, senão semanas, quando falamos de crédito habitação.
Para além disto, nem todos os clientes têm o conhecimento necessário para analisar qual a melhor proposta de crédito para si, entre várias que poderão ser apresentadas pelas financeiras.
Mas hoje em dia, já não tem de ser assim. Os intermediários de crédito surgem para fazer a ponte entre o cliente que faz o empréstimo e os bancos que o concedem, evitando grande parte da burocracia e simplificando esta tarefa.
Ao contar com um intermediário de crédito, terá um apoio personalizado durante todo o processo. Em vez de se dirigir a vários bancos e explicar, mais do que uma vez, o crédito que pretende e a sua situação profissional, o cliente só terá contacto com esta entidade.
Por sua vez, será o intermediário a falar com os bancos e, depois, comparar as várias propostas e apresentar a melhor solução de crédito com base no perfil e nas necessidades da pessoa.
Este serviço é isento de quaisquer custos para o cliente, dado que o intermediário de crédito é pago diretamente pelo banco, através de um sistema de comissões pela angariação de contratos para a instituição financeira.
Portanto, um intermediário só é responsável por mediar esta relação entre cliente-banco. Em última instância, é sempre o banco quem financia o crédito, quer falemos de crédito habitação, crédito pessoal ou crédito automóvel.
É possível confiar num Intermediário de Crédito Online?
Os intermediários de crédito estão bastante presentes, por exemplo, em stands de carros, ao disponibilizarem uma opção de crédito automóvel sem que o cliente tenha de a solicitar por fora.
Também as grandes superfícies possuem intermediários de crédito, com ofertas de cartões de crédito e pagamentos a prestações dos produtos que comercializam.
Da mesma forma, as imobiliárias já oferecem serviços de intermediação de crédito habitação aos clientes que comprarem casa com elas, tudo num só lugar.
Porém, pedir um financiamento sem precisar de sair de casa já está ao alcance de qualquer um. Os bancos têm, agora, soluções de crédito 100% online, que tornam possível ter o dinheiro na conta em 24 horas, sem as burocracias habituais, com recurso à assinatura digital.
Por consequência, também os intermediários de crédito têm crescido em presença online. Mas ao contrário dos bancos, os nomes destas entidades são menos conhecidos, o que leva também a que existam mais fraudes e desconhecimento por parte do público.
Por isso, acaba por nem sempre ser fácil perceber quais são seguros e quais estão ligados a esquemas de burla e roubo de informação.
A melhor forma de saber se um intermediário de crédito é de confiança é verificando o respetivo registo no Banco de Portugal. A lista conta, neste momento, com mais de 5 mil entidades autorizadas e legais, com as quais é seguro contar quando precisar de pedir um empréstimo.
Se um intermediário de crédito estiver devidamente registado no Banco de Portugal, é confiável e totalmente legal.
Regra geral, verá o número de registo no Banco de Portugal nos sites destas entidades, de forma bem visível, e poderá comprová-lo na lista no site oficial do BdP.
Se não o encontrar em qualquer página do website do suposto intermediário, é muito provável que não seja de confiança e que esteja perante uma situação ilegal, com o objetivo de lhe extorquir dinheiro ou os seus dados.
Como evitar burlas e esquemas?
Ainda que um intermediário possa acelerar bastante o processo de crédito e conseguir condições mais apelativas, tenha em atenção promessas irrealistas de dinheiro rápido e fácil. Se é bom demais para ser verdade, é porque provavelmente não o é.
Para além disto, conforme já referimos mais acima, um intermediário de crédito não pode cobrar qualquer valor ao cliente pelo seu serviço. Se, em algum momento, lhe solicitarem pagamento para contratar um empréstimo, denuncie a situação e não se deixe levar.
Acima de tudo, não é o intermediário de crédito que lhe concede o financiamento, mas sim o próprio banco. Se um intermediário alegar que lhe irá emprestar dinheiro, desconfie e não forneça os seus dados.
O cliente tem, também, o direito de solicitar a FIN (Ficha de Informação Normalizada), que comprova que determinada financeira é legítima, e que as condições contratuais que lhe estão a ser propostas são válidas.