Depois de uma longa paragem devido à pandemia de Covid-19, o torneio internacional de futebol veterano SANTEIRIM está de regresso para a sua 29.ª edição. Este ano vão marcar presença no evento 12 equipas, de seis países e dois continentes.
Paulo Jacinto, porta-voz da direção da organização, sublinha que este regresso “significa a vitória da persistência, da resiliência, do acreditar ser possível e do querer muito que acontecesse.”
Os últimos anos sem torneio, “foram vividos com muita ansiedade, com angústia e com desconfiança. Depois de passarmos por uma pandemia que nos obrigou a cancelar tudo, nos levou ao confinamento, que nos obrigou a rever prioridades, que nos fez questionar tudo aquilo que pensávamos ter como adquirido e que nos obrigou a uma ausência de 3 anos, nós não sabíamos como iriam reagir as equipas ao possível regresso do Santeirim. Não sabíamos se viam e sentiam o Santeirim da mesma forma. Essa era a grande dúvida. Como se isso não fosse já suficientemente mau, o atual contexto sócio-económico que vivemos a nível mundial com a guerra na Ucrânia , veio agravar ainda mais esses sentimentos.”
Paulo Jacinto assume que este regresso não é como se fosse o primeiro, “mas não escondemos o nervosismo e a ansiedade de 3 anos de ausência de Santeirim.”
A Covid-19 já faz parte do passado, ainda que não muito distante e, apesar de grande parte das restrições terem sido levantadas no final de 2021, o Santeirim não regressou antes porque “existiam ainda algumas condicionantes que não nos davam a garantia de podermos organizar e realizar o torneio. O facto de se realizar quatro anos após a última vez (2019), por si só, já torna esta edição diferente das demais. Não temos dúvidas que é um regresso especial e uma edição especial, por esse facto”, dizem de forma categórica.
“Apesar de termos avançado com a decisão de realizarmos o Santeirim de 2023 já tarde (fevereiro) quando normalmente em outubro começamos já a preparar a edição seguinte, o feedback aos convites foi muito positivo, o que não deixou de nos surpreender. Rapidamente percebemos que iríamos ter torneio pois nos primeiros dias tinhamos 8 equipas confirmadas, depois 12, das quais duas são estreantes. E isso permite-me fazer aqui uma nota: deve-se ao enorme trabalho realizado pelo nosso companheiro e presidente José Guerra, incansável em contactos com consulados, embaixadas e chefes de delegação. Sem esse trabalho por ele realizado certamente não seria possível.”, explicam os dirigentes, que até de 14 de abril ainda negaram a participação de duas equipas. Os jogos vão decorrer em Almeirim, Santarém, Fazendas de Almeirim e Alpiarça.
O Santeirim continua sempre com um grande problema: a falta de alojamento na região. “Os hotéis que temos nos dois concelhos são manifestamente poucos, e felizmente para eles, estão com taxas de ocupação elevadas, logo o número de camas disponíveis é mais reduzido o que torna impossível termos mais de 12 equipas, daí a recusa em termos mais. Se tivéssemos mais camas, não temos dúvidas que poderíamos ir às 16 equipas.”
Nesta conversa com o nosso jornal, a organização faz ainda um agradecimento: “Gostaria de, em nome da direção do Santeirim, agradecer aos municípios de Almeirim e Santarém, pelo incentivo e pela disponibilidade que demonstraram para que o Santeirim 2023 – 29ª edição fosse possível, assim como às juntas de freguesia dos dois concelhos e ainda à CM de Alpiarça, assim como a todos os nossos parceiros, que mais uma vez estiveram ao nosso lado nesta grande loucura que é organizar o maior torneio de futebol veterano do país. Viva a amizade, viva o Santeirim”.