Dois anos depois de ser adquirido por 115 mil euros, com apoios de 75 mil por parte do Fundo Ambiental, o barco para efetuar a limpeza da Vala Real iniciou os trabalhos de remoção dos jacintos daquela linha de água.
A autarquia justificou o atraso do uso deste equipamento, inicialmente, com a falta formação aos funcionários da autarquia que o operam, a falta de um atrelado e acerto de alguns detalhes com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Mais tarde, outra justificação dada pela município, era a falta de água que não permita que a embarcação navegasse, sendo a única solução a construção de diques, para criar represas de água e assim permitir a navegabilidade.
Sabe O Almeirinense, que os diques ainda não foram construídos, mas atualmente o nível de água em alguns locais da Vala permite que o trabalhos sejam efetuados, o que se veio a verificar na passada semana com o início da limpeza dos jacintos. Tanto a autarquia, como a APA, ainda não chegaram a um entendimento quanto à construção dos referidos diques. A permanecia desta espécie invasora na Vala Real provoca efeitos nefastos na fauna e flora da Vala Real.
A Vala, que cerca de 10 quilómetros de extensão no concelho de Almeirim, mais especificamente, nas freguesias de Almeirim e de Benfica do Ribatejo, chegou a ser limpa pelo Núcleo de Marinheiros da Armada do Concelho de Almeirim, com quem a autarquia terminou um protocolo de 15 anos.
O acordo cessou quando choveram críticas por parte da CDU, nas reuniões da câmara e na assembleia municipal, sobre a utilização de herbicídas para combater a praga de jacintos. O protocolo entre as duas partes previa o pagamento ao núcleo de 1.750 euros mensais, dinheiro que servia para a manutenção dos dois barcos, de salários das pessoas que faziam a limpeza e pagamentos de seguros.
Ao fim de dois anos sem qualquer tipo de intervenção, a Vala Real começa agora a ser limpa. O executivo camarário prometeu a criação de caminhos pedonais e zonas de lazer ao longo da sua extensão, como por exemplo, no Pego da Rainha.