Memória

Neste artigo, aborda-se a “memória” como forma de preservação do património, algo que tem sido uma preocupação para a CDU no nosso concelho.

Os eleitos da CDU têm apontado vários casos da falta de preservação da “memória” de Almeirim por parte do executivo autárquico. Exemplos paradigmáticos:

– o túnel junto ao Mercado, vestígio do Paço Real, é desconhecido da maioria das pessoas e quem ali passa não o pode visualizar, devido à condensação no interior. Não tem havido vontade em procurar solução para uma digna conservação;

– as ruínas do Paço Real da Ribeira de Muge, em Paço dos Negros, em conjunto com a Capela e o Moinho, não obtiveram a sua classificação como património, como proposto pela CDU, por falta de sensibilidade da maioria PS no executivo. Foi assumido o completo abandono no orçamento para 2023, com a retirada da verba para a requalificação e conservação deste património;

– a “Casa da Guarda”, na EN 114, foi intervencionada pela autarquia, quando da requalificação da ponte ali existente, para posterior entrega à gestão da Infraestruturas de Portugal. A CDU propôs que as marcas das cheias, presentes na sua parede não fossem apagadas e ficassem igualmente registadas para memória deste fenómeno tão típico da Lezíria do Tejo. Ainda hoje está por fazer;

– a tília no cemitério, classificada em 2009 como árvore de interesse público, por proposta dos Verdes, caminhou para um triste fim, causado por podas inapropriadas, que geraram ataques de fungos, nunca devidamente tratados e que a fragilizaram perante ventos fortes. Faltou vontade política ao PS para a proteger.

Sónia Colaço – CDU Almeirim