Quando refletimos sobre as problemáticas dos jovens, não podemos descurar o consumo de álcool e drogas.
Num estudo recente do SICAD (Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências), em cada 10 jovens de 18 anos, 9 beberam álcool e 3 consumiram, pelo menos uma vez, uma substância ilícita. O consumo de substâncias ilícitas foi mais expressivo nos rapazes e o de álcool nas raparigas.
Na maioria dos casos, deve-se a problemas do foro mental como sintomas de depressão e ansiedade. Nestes quadros, a ingestão de álcool ou substâncias ilícitas é utilizada como meio para lidar com elevados índices de stress ou outros sintomas provocando uma sensação de “alívio” imediato ou de relaxamento. Em indivíduos com sintomatologia ansiosa e/ou depressiva, o consumo de álcool ou outras substâncias não opera na diminuição dos sintomas, podendo mesmo exacerbá-los.
Não é demais reforçar a necessidade de se investir na sensibilização e/ou prevenção de modo a promover a consciencialização desta problemática e advertindo para os potenciais efeitos adversos. A prevenção deve ser junto dos escalões etários de maior risco, em particular, adolescentes e jovens, junto dos progenitores ou das figuras cuidadoras, e ao nível da comunidade de modo a que todos estejamos capacitados para entender o fenómeno e para advertir as consequências do mesmo a curto e a longo prazo. A promoção da saúde-mental associada à matéria deve continuar a ser uma aposta por parte das instituições, uma vez que (como já mencionado) verifica-se que situações de mal-estar emocional podem precipitar essas práticas.
Ao prevenir, estamos a intervir…
Adriana Zola – JS Almeirim