O município do Cartaxo encerrou a Ponte de Santana, após a um relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) alertar para o risco iminente de colapso de alguns arcos da infraestrutura.
Segundo a autarquia, o relatório do LNEC confirma o estado crítico da ponte, que liga as freguesias de Vila Chã de Ourique e Valada. A situação levou ainda o presidente do município do Cartaxo, João Heitor, a convocar sessões extraordinárias, quer da Comissão Municipal de Proteção Civil, quer da Câmara.
O comunicado da autarquia menciona que o relatório mereceu a deliberação unânime das forças de segurança e dos vereadores do PSD e do PS, as duas forças políticas representadas no executivo.
O documento do LNEC revelou que as “anomalias comprometem a resistência da ponte, afetando assim a sua segurança estrutural”, e recomendou o encerramento ao trânsito, uma vez que não estão reunidas as condições de segurança necessárias.
Além do risco iminente de colapso de alguns arcos, o Laboratório referiu que a passagem de veículos pesados poderia provocar o colapso imediato da ponte.
A Câmara do Cartaxo revela ainda que iniciou conversações com a administração da Infraestruturas de Portugal e com o Ministério das Infraestruturas para a construção de um novo viaduto, sublinhando que esta ligação desempenha “um papel importante para a mobilidade na região”, em particular para “as famílias, para as empresas, instituições e explorações agrícolas das freguesias de Vila Chã de Ourique e Valada”.
De acordo com o relatório técnico do LNEC, do conjunto de soluções possíveis para restaurar a circulação naquele local, “a única que é adequada consiste em fazer o cruzamento desnivelado da Linha do Norte e o atravessamento do vale da Vala da Azambuja”.
A autarquia termina a nota, destacando que a Secretaria de Estado das Infraestruturas e a Infraestruturas de Portugal consideram a obra é prioritária e que o financiamento para a construção do novo Viaduto de Santana vai integrar o 1º aviso de candidaturas para intervenções na Linha do Norte.