No dia 25 de maio, às 21h30, estreia no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém, o espectáculo ‘Coisas Que Ardem Facilmente’, da reconhecida artista croata Vedrana Klepica.
‘Coisas Que Ardem Facilmente’ reflete sobre as dimensões políticas, sociais e pessoais dos incêndios florestais. A construção do espectáculo partiu de uma residência da dramaturga e encenadora em Santarém, em 2023. Ao longo de um mês, Vedrana Klepica conheceu quem lida com a realidade e as implicações dos fogos florestais: jornalistas, ativistas, organizações de prevenção de incêndios, reflorestação e defesa do ambiente, arquitetos envolvidos nos projetos de reconstrução de Pedrógão Grande, psicólogos especializados em luto, bombeiros, estudantes de artes performativas de Santarém, entre outros.
O resultado é uma distopia contemplativa sobre perda e fogo – tanto objetiva, como metafórica. Vedrana Klepica procura compreender como as experiências de perda impactam as perspetivas de futuro, e como reconfiguram a relação de quem as sofre com o local que habitam. Coisas Que Ardem Facilmente interessa-se pela realidade ecológica em que existimos enquanto sociedade. Em cena, três personagens relacionam-se com a situação problemática do aquecimento global, dos incêndios e de outras catástrofes cada vez mais presentes nas nossas vidas. A peça discute os mecanismos mais rudimentares de sobrevivência humana face à crise.
Coisas Que Ardem Facilmente foi desenvolvido no âmbito do projeto Stronger Peripheries: A Southern Coalition (Tandem “Work and Happiness”) e cofinanciado pelo programa Europa Criativa da União Europeia, com coprodução da Artemrede/ Município de Santarém.
Os espectáculos criados ao abrigo do projeto Stronger Peripheries, liderado pela Artemrede, serão incluídos numa mostra internacional em Portugal, de 24 a 30 de outubro de 2024. A iniciativa apresentará artistas reconhecidos de sete países europeus em oito territórios portugueses, muitos deles em estreia nacional. Estão confirmadas as criações de Neja Tomsic (Eslovénia), Valentina Medda (Itália), Hamdi Dridi & Ewa Bielak e Zone Poeme (França e Polónia), Nóra Juhász (Hungria) e Tiago Cadete (Portugal).