O Meu Super de Fazendas de Almeirim está a festejar 11 anos e a Inês Graça, gerente de loja, fala ao nosso jornal desta experiência.
Que balanço faz destes anos e quais têm sido os maiores desafios ?
O balanço que faço destes 11 anos são de uma constante adaptação/estratégias para conseguirmos subir anualmente as vendas, com bastantes formações, várias diretrizes de marketing de produtos e de promoções. Assim tem sido este negócio onde “se vende milhões e se ganha tostões”. Não é frase feita, é mesmo uma realidade do retalho alimentar.
Ser o primeiro espaço do género na freguesia foi um problema ou uma virtude?
Ser o primeiro espaço da zona foi, sem dúvida, o trazer vida à Vila que estava estagnada há anos, o comércio que estava adaptou-se, renovou muito, abriu de novo. E para nós foi cada ano uma afirmação….
As Fazendas têm crescido e vocês têm sentido isso?
Sim, nós temos sentido que a vila tem crescido muito com pessoas que nos procuram por algum motivo que lhe passaram a palavra. Para nós, é um orgulho do nosso trabalho.
Ao mesmo tempo com a facilidade dos transportes também se fica mais perto das grandes cidades, o que também pode ser uma dificuldade?
Os transportes e a acessibilidade tornam o mercado mais exigente, sem dúvida.
O talho continua a ser uma das vossas referências?
O talho é o nosso empenho diário. Temo-nos focado sempre em carne 100% nacional, com produtores locais e isso marca também a qualidade.
A Inês deixou de ser professora para gerir uma loja. Não se arrepende desta mudança?!
Sou professora, lecionei ainda alguns anos, mas esta adrenalina diária do retalho alimentar é o que me mantém viva, algumas vezes com dias que deveriam ter 48 horas. (Sorrisos) Mas, por agora, ainda não faz sentido voltar ao ensino, dado a desvalorização que ainda tem a nossa educação. Prefiro valorizar esta “escola”. Aproveito para convidar a visitar a nossa loja nos dias 18,19 e 20. Nesses dias com compras igual ou superior a 25€ no nosso talho, há a oferta de uma garrafa de Lezíria Branco.
Sónia Policarpo, a mulher talhante
Sónia Policarpo, 50 anos, é uma peça muito importante no Meu Super de Fazendas. Já trabalha no espaço há nove anos e quebrou o tabú de exercer uma profissão que era só de homens: talhante.
“Tem corrido muito bem, foi das melhores decisões que tomei, sem sombra de dúvida. Na altura em que comecei a trabalhar nesta área tinha acabado de ser mãe, então agarrei-me à melhor oportunidade que me apareceu na altura”, conta muito orgulhosa.
“O meu foco sempre foi ser o melhor que consigo independentemente de ser mulher”, destaca Sónia.