Os próximos dias vão registar temperaturas “acima do usual” para o mês de setembro. No concelho de Almeirim, as temperaturas vão mesmo atingir os 37º Celsius no início da próxima semana.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), “os valores da temperatura do ar irão aumentar, de forma gradual, a partir de hoje, sexta-feira, dia 13, e até ao próximo dia 16, e a subida mais significativa será sentida no litoral Norte e Centro”, indica o instituto num comunicado divulgado na sua página de internet.
De acordo com o IPMA, “esperam-se valores de temperatura máxima acima dos 30 graus Celsius, na generalidade do território, com alguns locais da região Sul a atingirem valores acima de 35°C”.
Também a temperatura mínima “irá registar uma subida, em especial na região do vale do Tejo e no Alto Alentejo, onde se esperam valores mínimos acima de 20°C (noites tropicais)”.
“As temperaturas previstas são claramente acima do usual para o mês de setembro, não sendo de excluir o registo de uma onda de calor em alguns locais, mas não de forma generalizada no território continental”, alerta o IPMA.
Já “o vento irá soprar do quadrante leste, com alguma entrada de brisa marítima no litoral oeste durante a tarde, estando prevista uma intensificação do vento nas terras altas a partir do final da tarde de domingo”.
Estas condições meteorológicas serão influenciadas pela presença de um anticiclone localizado nas ilhas Britânicas, segundo descreve o IPMA.
Este risco, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo. Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
Na sequência desta previsão, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) informou na quinta-feira, em comunicado, que as regiões do interior norte e centro, Alto Alentejo e Algarve vão estar sob perigo muito elevado de incêndio rural nos próximos dias.
As condições atmosféricas previstas traduzem-se no “aumento do risco de incêndio, com condições favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios rurais”, e no aumento da dificuldade no combate às chamas.
Perante o grau de risco, a Proteção Civil salientou que é proibido fazer queimadas extensivas ou queimas de amontoados, usar equipamentos de corte (como motosserras e rebarbadoras), com escape sem dispositivo tapa-chamas ou outros que possam gerar faíscas ou calor e fumigar ou desinfestar apiários.
Destacou ainda a proibição do uso do fogo para cozinhar no espaço rural, exceto se for fora de zonas críticas e nos locais devidamente autorizados para o efeito.
“A ANEPC recomenda a adequação dos comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio rural, nomeadamente a adoção das necessárias medidas de prevenção e precaução, de acordo com a legislação em vigor, e tendo especial atenção à evolução do perigo de incêndio neste período”, referiu na nota.