A autarquia de Almeirim adquiriu por 1,2 milhões de euros o terreno designado por “Ludovice”, com cerca de 4,5 hectares, que vai permitiu a construir habitação a preços acessíveis e dois lares de idosos.
O projeto prevê para aquela área a construção de cerca de 160 apartamentos para venda a preços controlados, desde T1 a T4, num terreno de 4,5 hectares que liga a Rua Condessa da Junqueira, junto a um antigo supermercado, até à Rua Moinho de Vento, junto ao Lar de São José.
Em declarações à Lusa, Pedro Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Almeirim, explica que o projeto vai “colmatar duas necessidades importantes, nomeadamente a habitação cuja estratégia correta passa por ter casas para toda a gente, em particular para a classe média”.
O autarca indica que as habitações são para candidatos com rendimentos anuais máximos de 50 mil euros (individual) ou 75 mil euros (casais), e a sua aquisição terá algumas regras para evitar a especulação imobiliária e garantir que serão exclusivamente “usadas para habitação e não para outros fins”. Uma delas será a impossibilidade de venda durante um período de 50 anos para um uso que não seja de habitação própria
“Estas casas são efetivamente para a classe média, podendo quem ganha o ordenado mínimo candidatar-se e comprar. É por isso que precisamos de casas muito mais baratas e este projeto pretende isso mesmo. É impossível que as pessoas comprem casas com os preços atuais”, explicou o autarca à agência de notícias, acrescentando que para a autarquia “não faz sentido estar a fazer um esforço e a seguir permitir que quem venha a comprar possa contribuir para a especulação imobiliária”.
O projeto prevê ainda a atribuição de duas parcelas, cerca de meio hectare cada, para duas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), destinadas à construção de dois novos lares de idosos, uma carência que, segundo o responsável, afeta “não só Almeirim, mas também o País”.
O edil não precisou datas quanto à conclusão do projeto, admitindo que o município tem um longo caminho pela frente, deste a criação do regulamento que vai permitir às pessoas candidatarem-se às casas, até ao visto do Tribunal de Contas.
“Nada disto acontecerá amanhã, mas sem este terreno nunca haveria projeto”, salientou.