Melhor!

Cada vez mais “políticos” na Assembleia da República que, de tudo sabem, de tudo percebem e sobre tudo têm opinião. Os mais recentes são aqueles que tudo percebem sobre o mundo natural, agrícola e todos os seus ecossistemas. O seu conhecimento consegue mesmo superar aqueles que há anos deambulam pela A.R., tentando convencer tudo e todos que, só eles é que conhecem a natureza. Em qualquer dos casos, assistimos às variadíssimas propostas com base nesse mesmo conhecimento. Conhecimento esse, que foi adquirido ao longo de diversos anos de “experiência” em gabinetes, conferências, colóquios e afins, onde ouviram tudo o que precisam de saber para depois opinarem. É nessa aprendizagem que se baseiam para posteriormente condicionar, regulamentar, proibir, e claro taxar, o mundo rural.

É mais um dos caminhos da inversão da sociedade! Indivíduos que não têm a mínima noção do esforço, trabalho, dedicação, paixão e o que é viver no mundo rural. Já mais o saberão, pois não estão dispostos a deslocarem-se à “província ” (como alguns lhe chamam), exceção feita para eleições, feiras e exposições ou se houver motivo para poder tirar partido de alguma ação de protesto. Depois, assistimos a vergonhosas decisões que colocam em causa negócios, trabalhos e subsistências de centenas e centenas de famílias, só porque “ouviram dizer que…” ou “porque não gosto, logo não pode continuar”! Reafirmo o que já disse antes e por outros motivos, o culpado, não só aquele que vai votar neles, o culpado é tanto ou mais daquele que permite que outros decidam por si, optando por não ir votar! Não se pode exigir direitos, se não se cumpre os deveres! Não se pode exigir melhores políticas ou políticos, se não se decidir nem envolver. Se todos e cada um quiserem ter um mundo político melhor, em consequência uma sociedade, têm de ser parte da solução.

Por João Vinagre