Por vezes, costumamos dizer que a diferença entre um sonho e um objetivo, é que… ao contrário do sonho… o objetivo que pretendemos atingir tem uma data. Ao colocarmos uma data concreta naquilo que queremos fazer, deixamos de sonhar e aproximamo-nos da realização desse sonho, desse ideal, desse desejo, realizável ou não, muitas das vezes ou quase sempre depende de nós. “As pessoas sabem aquilo que elas fazem; frequentemente sabem por que fazem o que fazem; mas o que ignoram é o efeito produzido por aquilo que fazem.”.
Somos dos que pensamos que o ser humano é difícil às vezes. Embora cheio de beleza, também é cheio de incógnitas, hesitações, desistências e desafios. Por acaso sabe quais são os seus objetivos? Se lhe perguntarem diretamente o que é que pretende, o que é que quer fazer, consegue responder a essa pergunta sem se atrapalhar? Às vezes temos a cabeça cheia de ideias, mas sentimos dificuldade em comunicá-las, em transmitir aquilo que realmente queremos, é por isso que muitas vezes os “dias nos parecem anos”, mas também há os momentos, em que “os anos nos parecem dias”! “A vida não passa de um jogo em que todas as respostas existem; só precisa encontrar as perguntas certas para vencer.”.
Nunca deixe de pensar positivamente no seu futuro, mesmo se estiver num dia ruim ou menos bom, relembrar que os dias e semanas menos boas não duram para sempre, mesmo que tenha aquela sensação de que nunca vai acabar. Se estiver numa fase tranquila, concentre-se no fim dessa fase. Pergunte a si mesmo o que pode fazer hoje para melhorar o seu futuro, ou moldá-lo da forma que quer que o mesmo seja. Concentre-se nos períodos emocionantes que deseja ter e como se sentirá ao vivê-los. Relembro que sempre haverá algo bom para conquistar. “Existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis, e, por mais que a gente pense em uma forma de empregá-las elas parecem não servir. Então a gente não diz, apenas sente”.
Se queremos convencer os outros a ajudar-nos, para os influenciarmos, temos de ser capazes de dizer de forma clara o que queremos. E é aí que entra a definição dos nossos objetivos. Definir aquilo que queremos de forma simples e clara e escrever num papel, e ao mesmo tempo treinar as respostas até as termos “na ponta da língua”. Assim, quando surgir a oportunidade de captar alguém para aquilo que se pretende e ter de explicar as suas ideias, vai ver que tudo se torna muito mais simples. Como disse Fernando Pessoa, “Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés. O mesmo sempre, graças ao céu e à terra. E aos meus olhos e ouvidos atentos. E à minha clara simplicidade de alma…” A imaginação será sempre uma arma poderosa, que nos pode ajudar nesta fase. Não podemos limitar-nos a escrever o nosso objetivo. Temos que nos imaginar a concretizá-lo. Pense onde está, com quem está e como se está a sentir quando na sua imaginação está a concretizar esse objetivo. Como afirmou o Dalai Lama : “A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância. Se é capaz de manter sua mente constantemente rica através da arte de escutar, não tem o que temer. Este tipo de riqueza jamais lhe será tomado. Essa é a maior das riquezas.”
Armindo Bento