Presidenciais 2021

Estas eleições presidenciais vão sem dúvida ficar para a história da democracia portuguesa, por diversos motivos. Primeiro, pelo estado em
que o país vive devido ao COVID-19 segundo por termos tido novamente
um elevado número de abstenção e por último por termos tido a mulher mais votada até aos dias de hoje na democracia portuguesa numas eleições.

Uma das notas que podemos retirar destas eleições é que algo não está bem no nosso país nem para os portugueses, pois termos alguém de extrema direita com meio milhão de votos é sinal disso mesmo, e isto merece sem sombra de dúvidas uma reflexão completa por parte dos partidos do arco da governação.

“(…) que as mulheres começam finalmente a ter mais poder no espectro político português”

Contudo, não deixa de ser importante mostrar respeito por todos aqueles
que, num dia chuvoso, em plena pandemia, saíram de casa e exerceram o
seu direito de voto. Um ponto positivo destas eleições foi o facto de Ana
Gomes, sem ter o apoio do partido de origem dela, ter conseguido ficar, para já, na história de ser a mulher mais votada até os dias de hoje, com
cerca de milhão e meio de votos, o que se demonstra que as mulheres começam finalmente a ter mais poder no espectro político português.

Findando, estas eleições são de obrigatória reflexão para os partidos
portugueses, e como tal é preciso compreender e trabalhar com as pessoas
que não se enquadram na visão política moderada e trazê-las para a arena política, e com isto termos, num futuro, uma sociedade mais participativa e mais interveniente na vida política portuguesa.

Joaquim Gomes
PS Almeirim

Artigo de opinião publicado na edição impressa de 1 de fevereiro de 2021