Regresso a um tema que nos importa enquanto eleitos locais da CDU e pessoas que se preocupam com o património cultural: a preservação e valorização do Paço Real da Ribeira de Muge, berço de Paço dos Negros e forte símbolo identitário desta aldeia da freguesia de Fazendas de Almeirim.
Os vestígios existentes são dos poucos bens patrimoniais que restam
da presença da Dinastia de Avis e da Corte nos sécs. XV e XVI no concelho
de Almeirim e Os Verdes organizaram, a 12 de julho, uma visita ao local com caminhada ao longo da Ribeira de Muge, para dar a conhecer sítios de interesse histórico, cultural e natural e mobilizar as pessoas e entidades para a sua preservação e valorização.
Na última reunião de Câmara, defendi uma proposta para que o Executivo Municipal desencadeasse o processo de Classificação de Interesse Municipal do Conjunto do Paço Real da Ribeira de Muge, da Capela e do Moinho e restante zona envolvente, bem como iniciasse a elaboração de um Plano Pormenor de Salvaguarda para a área identificada, de modo a preservar este património e promover a sua valorização como espaço identitário e como zona de lazer e turismo.
Não foi essa a opinião da maioria PS que lamentavelmente chumbou a proposta, adiando assim mais uma vez uma intervenção, que já peca por atraso, no sentido da preservação do pouco património histórico que ainda
resta no concelho de Almeirim.
Sónia Colaço
CDU Almeirim
Opinião publicada na edição de 15 de setembro