SALPICOS D’ARTE Sónia Santos é natural de Santarém, mudou-se para Almeirim em 1997 e, recentemente, abriu o seu espaço dedicado aos trabalhos manuais.
Fale-nos um pouco do seu percurso de vida.
Eu sou a Sónia Santos, nascida e criada em Santarém, cidade onde completei os meus estudos. Em 1997 mudei-me para Almeirim, cidade que sempre me apaixonou e onde ainda hoje resido. Durante nove anos vivi em Marinhais mas sempre ligada, diariamente, a Almeirim. Após os meus estudos, comecei a trabalhar num hipermercado em Santarém, onde estive durante 20 anos. Sempre fui apaixonada pelos trabalhos manuais e em 2017 abri a loja física da Salpicos d´arte em Marinhais, passando em 2020 para Almeirim.
Como surgiu a Salpicos D’Arte na sua vida?
Desde sempre estive ligada aos trabalhos manuais. Sempre foi uma paixão: Ponto cruz, arraiolos, pintura… Sempre fizeram parte do meu dia-a-dia. Inicialmente, quando criei a Salpicos d´arte, dedicava-me apenas à bijuteria, até porque com o meu trabalho no hipermercado, o tempo disponível era reduzido. Com o passar do tempo e, ao dedicar-me exclusivamente à Salpicos, aventurei-me na costura criativa. Foi das decisões que mais me concretizou até hoje.
Hoje, e após muito estudo e formações constantes, adquiri uma inúmera quantidade de informação e aptidão dentro do mercado da costura criativa.
O que podemos encontrar na sua loja?
A Salpicos é o sonho de qualquer artesã. Uma imensa variedade de artigos de retrosaria, tecido a metro, tecidos plastificados, linhas de coser e/ou de bordar, tintas de tecidos e acrílicas, lã e linhas de crochet, bordados. E claro, todo o enxoval de bebés, mochilas, lancheiras térmicas, carteiras, porta-chaves, bonecas, tudo feito à mão e com muito amor, por mim. Além disso, adoro que as minhas queridas clientes me desafiem a fazer artigos novos. Onde a imaginação delas e a minha nos levar.
Nos últimos tempos, parece haver um regresso ao gosto pelos trabalhos manuais, no geral, e pela costura, em particular. Porque esta área é importante?
Os tempos mudam. As tendências e os gostos também. Cada vez mais, as pessoas estão a dar importância para o que é artesanal, único. Dão mais importância a uma recordação personalizada do que a um artigo massificado. Posso, como exemplo, referir os artigos de bebé. Considero que é uma tendência nacional. A importância do manual, do local.
O seu negócio foi um dos que ficou afetado pela pandemia da Covid-19? Teve apoios? Que dificuldades encontrou?
Penso que ninguém possa referir que não foi afetado com a pandemia do covid-19. Vi-me obrigada a fechar a loja, podendo apenas recorrer à loja on-line. As contas continuaram, tanto as pessoais como as da loja. Foi necessário saber adaptar-me e conseguir sobreviver. Infelizmente, fui uma dos muitos empresários que se viram sem qualquer tipo de apoios ou ajudas. Esperemos que o pior já tenha passado e que todos possamos continuar os nossos negócios, com saúde.
Como podem as pessoas contactá-la?
Para me contactarem, diria que aguardo a visita de todos na Loja Salpicos d´arte, na Rua Dionísio Saraiva n.º 22, em Almeirim. Venham apaixonar-se. Ou então, podem contactar-me através do número 917 075 274, através das redes sociais (Salpicos D´arte) ou através do site www.salpicosdarte.pt
Expectativas e desejos para o futuro?
Poder continuar a fazer o que mais gosto. Continuar a crescer e poder continuar a mostrar o meu trabalho. Espero poder continuar a desenvolver a parte criativa, desenvolver novas ideias, novas peças. E espero que, em breve, possa voltar a dar aulas de costura criativa e workshops que tive de interromper por causa da situação pandémica. Adoro ensinar!
Que mensagem gostaria de deixar aos Almeirinenses?
Ajudemos todos o comércio local, o que é nosso e da nossa cidade. Convido-vos a visitarem a minha loja. Porque não uma passeio pela rua das lojas? Serão sempre acolhidos com simpatia e um sorriso. Todos nós somos Almeirim.
Entrevista de Ana Rita Amaro e Mariana Cortez
Fotografia de Madalena Viegas