Podemos afirmar com toda a certeza, mediante os resultados eleitorais de domingo, que a honestidade não tem peso político, o que reforça a velha máxima que em Portugal o discurso político que passe por promessas fantasiosas e incoerentes tem tido resultados.
Os portugueses têm uma tendência de enveredar por caminhos de governos totalitários que apregoam uma democracia muito deturpada, tendo uma ambição desmesurada de serem os “donos disto tudo”.
Estes resultados eleitorais mostram que o eleitorado típico do PSD não gostou da fraca oposição e da tentativa de se encostar mais ao centro, rompendo com a génese deste partido que sempre se pautou por uma direita convencional, e não gostando da possível ideia de um bloco central.
O que seria um voto útil do PSD, absteve-se de ir votar, desiludido com o novo rumo que o partido estaria a levar, e o voto mais conservador transferiu-se para uma direita mais liberal e até mesmo mais extremista.
No Concelho de Almeirim o PS obteve 48%, o PSD obteve 19,7%, o Chega 12,9%, CDU 5,8%, BE 3,8%, CDS 1,3%, PAN 0,9%.
Em um Concelho tradicionalmente de esquerda não há novidades relevantes, sendo os eleitores deste Concelho os menos indecisos, não havendo muitas variações do sentido de voto.
António Costa não é de esquerda ou direita, procura meramente eternizar-se no poder, e cada ano que o país está nas suas mãos representa um ano perdido, mas, uma vez que tem legitimidade democrática, não haverá muito a fazer.